Crítica | Demolidor - 2° Temporada
A primeira temporada de Demolidor foi aclamada pela crítica
e pelos fãs. O hype em torno da segunda temporada, que nem era planejada, foi
intenso. Ao longo dos anúncios dos personagens que iriam participar o hype
cresceu ainda mais e, no fim, temos bons personagens, mas com uma história jogada.
O começo da temporada foi sensacional. Todo primeiro arco do Justiceiro foi espetacular, indo do
episódio 1 ao 4. Os diálogos dele com o Demolidor são bem trabalhados, a
oposição de ideologias é muito bem trabalhada sem ter um lado a ser privilegiado, como a frase do Justiceiro que
diz que quando o Demolidor bota os bandidos no chão eles voltam, mas
com os métodosdele eles permanecem no chão.
As cenas de luta entre os dois estão muito bem coreografadas, os estilos de luta estão muito bem destacados
nas cenas, os closes quando o justiceiro usa wrestling, as viradas de câmera
quando o Demolidor começa com as piruetas. As cenas de luta estão de se encher
os olhos, mas as únicas fraquezas ainda são os socos que continuam bem
abaixo da média em comparação com outros golpes na própria série.
O problema da série
começa com Elektra no episódio 5 e se
estende até o episódio 9. Justo com uma personagem tão marcante na vida do Demônio de Hell´s Kitchen. O início dela não conseguiu manter o alto padrão que
todo o começo do arco do Justiceiro criou, não que ela não seja boa, porque na
reta final ele retorna e aí sim é a Elektra, mas esse começo do arco dela ficou
na sombra do Justiceiro. A série volta ao
alto nível no episódio 9, não posso falar mais nada porque esse episódio já
valeu a segunda temporada inteira.
A irregularidade
pode ser o que define melhor essa temporada, como exemplo temos a Karen, que
durante as investigações foi uma das melhores coisas da temporada. Ela
procurando a verdade por trás das histórias mal contadas foi um belo exemplo de
personagem forte que não precisava lutar, mas quando colocaram um romance sem
vergonha, desnecessário a nível de TV aberta americana, só deixaram-na insuportável. Agora vamos falar de personagens mal aproveitados. Foggy Nelson foi usado brilhantemente no início e esquecido a partir de mais ou menos a
metade da temporada. Como eles fizeram isso? O Foggy estava tão bem do modo que
souberam alocar ele nessa segunda temporada, por que esquecê-lo? Madame Gao,
sério mesmo, uma cena? A atuação de Jon Bernthal é surpreendente, o modo que ele
descreve a relação com a família, seu passado e até sua ideologia, mas cai quando
ele começa a falar como um “Redneck”. Ele começa falando um pouco e vai
diminuindo, ainda bem. Élodie Yung começa
fraca e sem graça, mas termina impecável, só precisa aprender a usar a bandana
certo. A atuação de Charlie Cox está como na temporada anterior. Em alguns momentos perfeita e em outras terríveis.

Nota: 8,5
TRAILER
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
Gênero: Ação/ Aventura/ Suspense
Criação: Drew Goddard
Direção: Phil Abraham, Marc Jobst, Peter Hoar, Floria Sigismond, Andy Goddard, Ken Girotti, Michael Uppendahl, Stephen Surjik e Euros Lyn
Duração: 48-61 Minutos
Episódios: 13 (Treze)
Temporada: Segunda
Elenco: Charlie Cox, Jon Bernthal, Élodie Yung, Deborah Ann Woll, Elden Henson e Rosario Dawson.